23 de outubro de 2009

Procurando Deus num Voo cego.

Sem olhar o céu sinto ele passar
Arrastando estrelas sobre o que eu pensar
Minha intuição noite sem luar
Voo cego de morcego, meu radar…

… tente imaginar como pode ser
quando ao livre-arbítrio, nós fizermos jus
E o que quer de nós, esse tal poder?
Toda escolha traz uma renuncia à luz.

Só se dá valor pela privação,
só quem já cruzou desertos
saberá chorar em frente ao mar.
Só nos cabe a dor, frente à evolução
mas não precisava ser assim

Por que só na pele se vê o que se faz?
Como só as guerras nos fazem ver a paz
Porque só na fome, na dor, na solidão
onde todos os homens descobrem-se irmãos?

Jorge Vercillo – Voo Cego

Distraído em um dias desses estava ouvindo o rádio quando tocou esta música e muito me chamou a atenção, especialmente quando o cantor disse a expressão ‘livre arbítrio’ me fez abandonar os pessamentos (que sempre ficam longe enquanto caminho) e me atentar a letra, pois não é comum uma expressão tão ‘crentês’ em uma música secular. Não tive muito tempo para refletir quanto ao o que a música diz e nem consegui dissecar cada estrofe ou cada verso, mas não é precio pensar muito para ver o que estes versos representam, que os homens sabem da exitência de um ser maior, de um propósito mais nobre para suas vidas mas não sabem como que encontrar. Analisando percebi que o autor não poderia dar um melhor título para esta canção, pois assim segue a humanidade, como cegos e assim como temos visto a humanidade fazer, buscando em suas filosofias a luz e em suas poesias o caminho, demonstrando a parabola de Jesus que diz ‘Pode um cego guiar outro cedo? Não cairão os dois no buraco?’ Lc 6.39 e nos lembrando de nossa missão, como quando Deus disse à Isaías ‘Eu o guardarei e farei de você um mediador para o povo e uma luz para os gentios, para abrir os olhos aos cegos’ Is 42.6,7.

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